30 março 2012

Arrependimento. Arrependimento?

Aprendi, nesses quase 30 anos (porque 29 anos são lindos né: servem sempre para dizer que são quase 30!),  que as escolhas estão sempre fadadas a ganhos e perdas. Sim, ao optar, escolher, decidir algo, há sempre um ganho e uma perda. Muitas vezes, as perdas são mínimas, então nem parece que estão lá. Outras vezes, é quase que a mesma proporção entre a perda e o ganho, e aí fica bem difícil tomar uma decisão. Às vezes, demora-se a decidir, outras vezes simplesmente opta-se por não fazê-lo.


Outras vezes, ainda, há vontade de voltar atrás, de desfazer a escolha, arrependimento e todo o drama que isso envolve. 

Mas na realidade, é um medo de que aquilo pelo que optamos seja de fato aquilo que vai levar à felicidade plena. Sim, temos muito medo daquilo que nos faz bem e felizes. 

Eu costumo pensar que, se algo não deu certo por causa de uma escolha que fizemos, seja uma amizade, um amor ou qualquer outra coisa, é porque aquilo talvez fosse menos real do que pensávamos. O amigo real e o amor real aguentam quase tudo. Ou será que não? Às vezes eu acho que lidar com a perda da escolha tem que ser parte da vida, justamente porque nada nem ninguém é obrigado a concordar com tudo. Ninguém é obrigado a aguentar tudo a qualquer custo. É sempre uma questão de escolha... e quando a escolha envolve outras pessoas, temos que arcar com as consequências. 

Às vezes tenho dúvidas se eu deveria ou não ter feito algo. É um arrependimento estranho, que se resume a não ter dado uma chance daquilo - seja lá o que for - tomar corpo. Mesmo tendo a certeza de que seria uma tentativa frustrada. Mas aí vem aquele velho conhecido "e se..." e toma conta. Nessas horas há o questionamento interno se realmente a escolha foi acertada. Como eu sou uma pessoa que raramente deixa de fazer tentativas, raramente deixa de se arriscar, preciso confiar de que foi sim uma boa escolha. Já que sempre prefiro me arrepender de fazer do que de não fazer, preciso confiar que, quando não faço, é por um bom motivo. Mesmo que, em alguns segundos do tempo, não pareça. 

Confio que, depois de um tempo, a dúvida quanto àquela escolha, passa. E normalmente passa porque a felicidade vem com tudo e faz valer a pena. Pois nesses casos em que há muita perda, normalmente há muito ganho também. 

Por isso, escolha a felicidade. Escolha aquilo que te serve, que te faz bem. 
Se não faz bem, simplesmente "jogue fora". 

Be simple. Be true. Be you.

Kisses,

A.

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