04 janeiro 2012

Aquela sensação ruim...

Comecei uma dúzia de posts hoje na minha cabeça, ao longo do dia.
Meus dois primeiros dias do ano têm sido, assim, estranhos.
Não consegui identificar muito bem o que se passa, e na verdade, pensei em algumas possibilidades.



Sempre antes de alguma mudança significativa na minha vida eu tenho esse sentimento meio depressivo de que nada vai mudar. Paradoxal, no mínimo. Mas é uma sensação muito ruim, e eu fico muito na dúvida se é inferno astral (não pode ser, ainda), TPM (acabei de passar por ela), falta de antidepressivo (abandonei o meu há mais de 2 meses), carência (tá, pode até ser, rs)... ou qualquer outro motivo que não o de uma mudança próxima. Porque o ego, o meu ego lindo, não gosta de mudanças. Ele gosta de tudo "no seu devido lugar", nos mesmos padrões, com as mesmas atitudes. Tudo igualzinho. Mas eu não. Eu gosto de mudar. Posso até dizer que o meu blog é um reflexo bem claro disso. E meu cabelo. E minhas unhas. E minhas roupas. Por outro lado, isso mostra que eu enjôo um pouco de ser "eu". E que gosto de mostrar outros "eus". O que não necessariamente é algo bom, já que eu tenho dificuldade em ser apenas eu mesma e ponto final.

Voltando àquela sensação que tenho sentido, ela vem, mas normalmente passa. Esses dias estão difíceis de conviver com ela. Ela me impede de fazer coisas produtivas, e principalmente, coisas que são boas para mim e que eu preciso fazer. Ela me deixa prostada, com vontade de postergar a vida inteira e apenas ficar deitada dormindo. É ruim, e hoje mesmo eu me esforcei muito para superá-la. Não consegui completamente, mas um pouco sim. Consegui riscar alguns itens da lista de afazeres (que inclui, até, divertimentos...), mas ainda não senti que "saí" desse buraco.

Outra coisa que eu fiquei pensando é que eu talvez esteja vivendo uma espécie de luto. Sim, luto. Por todas as coisas que eu consegui mudar em mim mesma nesses últimos anos, por estar tentando agir diferente com várias situações na minha vida (nesse post eu falo um bocado sobre isso), por estar tentando voltar a SENTIR. Sim, eu sinto um pouco falta da Amanda mais "pisciana" (como diriam alguns amigos meus), daquela mais emotiva, que chorava em qualquer filme, que romanceava a vida, que adorava finais felizes e saía do cinema ou terminava um livro achando que a vida é bela e vale a pena ser vivida. Não que eu não ache isso, eu ainda acho, e tenho momentos de extrema felicidade quase sempre, mas eu sinto há algum tempo que algo se perdeu dentro de mim. E eu ainda não sei direito o que é ou quando foi, mas o fato é que algo se foi. E talvez eu esteja vivendo esse luto também.

Mudar é bom. Alcançar metas a que me propus é ótimo. E eu me coloco metas pessoais de mudanças internas, o que me leva sempre a melhorar, a ser mais eu mesma, a cada vez mais me auto afirmar de uma maneira que me é positiva. E é esse caminho que eu escolhi traçar: o de melhorar internamente e de ser cada vez mais verdadeira comigo mesma, todo santo dia.

Talvez essa tristeza que me bateu esses dias seja disso: um pequeno luto por tudo aquilo que já não faz parte de mim, tudo aquilo que se foi por não ser mais útil, por não ser mais interessante, por simplesmente não ser mais EU [ah, e existe também um luto real, por uma amizade que está indo embora, e que não há nada que eu possa fazer para impedí-la de ir-se].

Chega de divagações por hoje...

Kisses,

A.

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