Epitáfio
Titãs
Devia ter amado
mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol
nascer
Devia ter
arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que
eu queria fazer...
Queria ter
aceitado
As pessoas como
elas são
Cada um sabe a
alegria
E a dor que traz
no coração...
O acaso vai me
proteger
Enquanto eu andar
distraído
O acaso vai me
proteger
Enquanto eu
andar...
Devia ter
complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol
se pôr
Devia ter me
importado menos
Com problemas
pequenos
Ter morrido de
amor...
Queria ter
aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe
alegrias
E a tristeza que
vier...
O acaso vai me
proteger
Enquanto eu andar
distraído
O acaso vai me
proteger
Enquanto eu
andar...(2x)
Devia ter
complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol
se pôr...
Essa música é velha já. Nem sei o ano, mas sei que já ouço-a há muitos anos. E nunca tinha pensado nas coisas que eu pensei dessa vez, quando a ouvi tocando no rádio do carro. Talvez seja sinal de que não apenas os tempos mudaram, mas principalmente, deque eu mudei.
E o que eu pensei dessa vez foi que essa letra na verdade não é legal. Sempre achei que ela fosse legal e inspiradora, para viver mais a vida, mas na realidade, ela mostra apenas que a pessoa não apenas se arrependeu de não ter feito um monte de coisas, como simplesmente não viveu. E ficar cantando isso não tem mais a ver comigo. Simplesmente não me toca mais. Desde quando o acaso protege alguém? Na verdade, eu não acredito em acaso. Acredito em co-incidência. Coisas que incidem juntas com um propósito. Mas isso não é acreditar em destino, que eu também não acredito. Acredito em escolhas, conscientes ou não. Mas isso é papo para um outro post! ;)
A questão é: para que ficar pensando o que devia ou não ter feito? Faça, a partir de agora. A vida só acontece se você a faz acontecer. E por "você", eu quero dizer eu mesma. Afinal, é só de mim mesma que eu posso falar né...
Mas é fato: a vida acontece. E acontece lindamente, se é esse o objetivo. Há muita coisa boa para se conquistar, desfrutar e admirar. Mesmo não sendo fácil como parece (mas na verdade, é sim), é só ir e fazer, ir e correr atrás, ir e ir. Não deixar que tudo aquilo que faz parte de nós, mas que é apenas uma ínfima parte negativa que nos prende, nos impeça de VIVER.
Por isso, me parece muito mais pertinente cantar outra música, outro hino, outra letra. Algo como essa, também tão antiga, mas sempre atual:
O que é, o que é
Gonzaguinha
Eu fico
Com a pureza
Da resposta das
crianças
É a vida, é
bonita
E é bonita...
Viver!
E não ter a
vergonha
De ser
feliz
Cantar e cantar e
cantar
A beleza de
ser
Um eterno
aprendiz...
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia
ser
Bem melhor e
será
Mas isso não
impede
Que eu
repita
É bonita, é
bonita
E é bonita...
E a vida!
E a vida o que é?
Diga lá, meu
irmão
Ela é a
batida
De um
coração
Ela é uma doce
ilusão
Hê! Hô!...
E a vida
Ela é maravilha
Ou é
sofrimento?
Ela é
alegria
Ou lamento?
O que é?
O que é?
Meu irmão...
Há quem fale
Que a vida da
gente
É um nada no
mundo
É uma gota, é um
tempo
Que nem dá um
segundo...
Há quem fale
Que é um divino
Mistério
profundo
É o sopro do
criador
Numa atitude
repleta de amor...
Você diz que é
luta e prazer
Ele diz que a
vida é viver
Ela diz que
melhor é morrer
Pois amada não
é
E o verbo é
sofrer...
Eu só sei que
confio na moça
E na moça eu
ponho a força da fé
Somos nós que
fazemos a vida
Como der, ou
puder, ou quiser...
Sempre desejada
Por mais que
esteja errada
Ninguém quer a
morte
Só saúde e
sorte...
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a
pureza
Da resposta das
crianças
É a vida, é
bonita E é bonita...
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