11 fevereiro 2010

Verbo


(Às vezes as pessoas não gostam que sua boas idéis sejam passadas adiante. Por isso, modelo antigo de título retornando! Rs)




Eu estava pensando no objeto do meu post de hoje - sim, existe a vontade de escrever e algumas vezes a falta do objeto - e me ative justamente a isso: a escrita.

Sim, porque veja bem. Primeiro vemos as letras e as palavras como desenhos. Não entendemos o seu significado, e nem fazemos tanta questão assim de sabê-lo. Até que a tia da 1ª série nos ensina que aqueles desenhos de fato significam algo, e que são úteis para a nossa comunicação, principalmente. E lá vamos nós, tentar imitar aquilo, desenhar por assim dizer, e é quando descobrimos a letra que teremos. Tá, ela muda com os anos, mas aquelas primeiras linhas escritas são fundamentais e essenciais para definir quem seremos na escrita.

A minha letra era grandona. Já era redondinha, mas era grandona. Com o tempo ela foi diminuindo e ganhando trejeitos. Daqueles que só a letra da gente tem, sabe? Acho que isso é porque a personalidade também foi se moldando, e mudando. Lembro de épocas em que adquiri algumas manias na escrita, como o pingo do "i", ou o corte do meio do "e" maiúsculo. Enfim.

E tem a semântica, o conteúdo. Claro que isso evoluiu também. Principalmente depois que me descobri devoradora de literatura e poesia. Guardo até hoje, inclusive, dois cadernos onde escrevia poesias próprias e copiava as de outrem. Quando leio atualmente, me surpreendo com aqueles sentimentos, tão exagerados e dramáticos. Mas algumas composições são interessantes... Dos poetas, bem, tenho os meus favoritos até hoje, e não me canso de relê-los. Parece que a cada releitura, uma parte nova do poema é revelado.

Acho que é isso. Se reparamos bem, o ato de comunicar-se através da escrita - principalmente a de próprio punho - é um retrato da nossa personalidade. No sentido de que ao evoluirmos como pessoas, evolui também a escrita, tanto graficamente quanto em termos de conteúdo.

Ainda bem.


Kisses,

A.

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